
Anticoncepcional causa trombose?
Redação

No primeiro semestre deste ano, a ANVISA aprovou um anticoncepcional que alega ser uma versão mais “natural” do medicamento. Portanto, é mais segura para as mulheres. Mas o que isso realmente significa? Essa característica se deve ao fato dessa pílula conter, dentre os seus componentes, o estetrol. Trata-se de um um estrogênio natural, o que causou um grande frenesi no mercado. Porém, a novidade tem causado diversos questionamentos. Um dos mais comuns é se o anticoncepcional causa trombose.
Anticoncepcional oferece riscos?
No caso desse novo fármaco e da maioria das pílulas orais disponíveis no Brasil, a formulação é combinada. Dessa forma, envolve o estrogênio relacionado a um progestagênio (ambos hormônios). A depender da fórmula do medicamento, há, em níveis diferentes, efeitos adversos.
Por exemplo, há riscos para pessoas acima de 35 anos e fumantes, hipertensas, com obesidade ou predisposição hereditária para trombose e doenças associadas ao tromboembolismo (VTE). Já no caso das pílulas isoladas, produzidas apenas com progestagênio, há menos restrições de perfis e não aumenta o risco de desenvolver trombose.
Tornar público esse tipo de informação (sobre os riscos e efeitos adversos) é fundamental para evitar que o medicamento seja utilizado por pessoas que possam vir a desenvolver problemas graves, derivados do uso.
Anticoncepcional causa trombose?
De acordo com o Professor Doutor e Ginecologista Silvio Franceschini, da Universidade de São Paulo, os estrogênios, mesmo sendo naturais, por via oral estimulam o fígado a produzir diversas substâncias. Dentre elas, moléculas que estimulam a coagulação, portanto deixando a mulher mais sujeita a trombose.
Ao contrário, as pílulas que só têm progestagênios não fazem isso. Assim, não aumentam o risco de trombose venosa ou arterial. Em resumo, mesmo os estrogênios naturais, nas pílulas combinadas, apresentam riscos que as pílulas só com progestagênios não têm. Por fim, o especialista reforça que, antes de iniciar o uso de qualquer anticoncepcional, deve-se consultar um ginecologista (de preferência da sua confiança) e pesquisar com cuidado todos os prós e contras, para evitar riscos desnecessários à saúde.
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