
Depilação a laser realmente acaba com os pelos? Saiba como funciona
Ana Paula Ferreira

A depilação a laser caiu como uma luva para as pessoas que não gostam de conviver com pelos e antes tinham que usar cera, pinça ou lâmina para tirá-los.
Este procedimento, contudo, ainda gera dúvidas quanto a sua real eficácia. Afinal, a depilação a laser é uma técnica definitiva?
De acordo com Daniela Balizardo, dermatologista da Clínica Vanité, em São Paulo, esta resposta depende de uma série de fatores. Entenda!
Como o laser age na remoção dos fios?
Segundo Daniela, existem dois tipos de tecnologias para remover os pelos: o laser propriamente dito e a luz pulsada.
“Eles agem emitindo uma onda de energia específica para atuar na melanina presente na haste dos fios. Com isso, deve-se liberar uma energia suficiente para destruir o folículo deles, mas com uma difusão do calor não queime a pele vizinha”, ela explica.
“Desta maneira, para proteger a pele e evitar complicações como queimaduras e manchas, o resfriamento da pele antes, durante e após a depilação, é utilizada”, completa.
Como saber se posso ou não fazer?
Para garantir um melhor resultado e menos risco de complicações, a seleção dos pacientes deve ser cuidadosa e orientada por um dermatologista, já que existem quadros que podem dificultar ou demandar atenção especial antes de iniciar o procedimento.
É o caso, por exemplo, de indivíduos com distúrbios hormonais que levem à hipertricose – diagnóstico que apresenta um crescimento excessivo de pelos em todo o seu corpo.
Por possuírem muitos pelos, estas pessoas podem não ter os resultados satisfatórios, além de precisarem de acompanhamentos com outras terapias.
“Além disso, pacientes com histórico pregresso de herpes, alguma pré-disposição à queloides, uso de Isotretinoína oral e históricos de vitiligo e psoríase também devem ser bem avaliados antes de fazerem a depilação a laser”, ressalta Daniela.
Em contrapartida, o procedimento é um excelente aliado para quem sofre com problemas como foliculite ou pelos encravados.
“Na dermatologia, a depilação a laser é indicada como tratamento coadjuvante em algumas patologias, como a pseudofoliculite de barba e virilha, foliculites de nádega e coxa, presença e pelos encravados ou em pessoas que têm algum tipo de alergia a lâminas ou cremes depilatórios”, aponta a dermatologista.
Então, o laser pode remover todos os pelos?
Daniela afirma que a depilação a laser é um método “técnico dependente, ou seja, depende do profissional que está manipulando o aparelho de depilação”. Desta forma, ele pode fazer uma depilação parcial ou total do pelo.
A depilação parcial, segundo a dermatologista, transforma o fio mais preto e grosso em mais fino e mais claro, dificultando as próximas depilações e não removendo-o por completo.
Já para uma depilação total, com resultado eficaz e permanente, é necessário que o aparelho atinja o comprimento de onda específico para a melanina daquele pelo.
Por este motivo, ela indica que o procedimento seja feito apenas por profissionais experientes, treinados e capacitados para a realização da depilação e, se possível, com o supervisionamento de um dermatologista para eventuais complicações. Isso pode fazer toda a diferença no fim do procedimento.
Vale lembrar que, pelo laser agir diretamente na melanina dos pelos, quanto mais escuro for o fio, mais energia será conduzida para este fim.
“Indivíduos loiros e ruivos, por terem menos melanina nos pelos, respondem pior ao tratamento, necessitando de um maior número de sessões. Já os pelos brancos não respondem ao laser”, complementa a profissional.
Fonte: Daniela Balizardo, dermatologista da Clínica Vanité, em São Paulo.
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