
Novo remédio para insônia está em aprovação pela Anvisa
Redação

Pacientes que sofrem com insônia terão uma nova alternativa de tratamento contra o problema. Chamado lemborexant, com o nome comercial de Dayvigo, o novo remédio para insônia foi eleito promissor por pesquisadores da Universidade de Oxford. Publicado no The Lancet, o estudo apontou que o medicamento tem maior eficácia e menos efeitos colaterais, se comparado com outros 36 fármacos. Um deles é a eszopiclona, que também obteve bons resultados, mas causa náusea e tontura. Em contrapartida, os cientistas não identificaram esses efeitos pelo lemborexant. Entretanto, o medicamento deu dores de cabeça em alguns participantes.
“Além disso, o lemborexant atua de forma diferente no cérebro — pelo sistema neurotransmissor orexina — um mecanismo relativamente novo de ação. Portanto, o direcionamento mais seletivo dessa via e dos receptores de orexina pode levar a melhores tratamentos para a insônia”, afirma Philip Cowen, professor de psicofarmacologia da Oxford e coautor do artigo.
Novo remédio para insônia não deve ser a única forma de tratamento para a condição
Apesar da boa resposta entre os pacientes, os autores do estudo reforçam que o medicamento não deve ser a única opção para tratar a insônia. “Esta pesquisa não é uma recomendação de que os medicamentos devam ser sempre a primeira linha de apoio no tratamento da insônia. Pelo contrário, pois alguns deles podem ter efeitos colaterais graves. No entanto, nossa pesquisa mostra que alguns desses medicamentos também podem ser eficazes e devem ser usados na prática clínica. Por exemplo, quando a melhor higiene do sono e a Terapia Cognitivo-Comportamental não funcionam, ou quando um paciente deseja tomar medicação como parte do tratamento”, ressalta Andrea Cipriani, professora de psiquiatria da Oxford.
Afinal, quando o medicamento chega ao Brasil?
O novo remédio para insônia está aprovado pela FDA, dos Estados Unidos, desde 2019. No Brasil, a análise do medicamento pela Anvisa iniciou em 2021. Contudo, com outras prioridades de aprovação, como a de vacinas e medicamentos contra o Covid-19, a agência deve concluir o processo no início de 2023.
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